Capítulo 10 - Espanha - 2007


Depois de três anos muito duros na minha vida pessoal, resolvi realizar o sonho de conhecer o Egito. Procurei o melhor pacote turístico e em maio de 2007 eu estava embarcando rumo às ruínas mais antigas do  nosso planeta. Você deve estar se perguntando por que que eu estou falando do Egito no capítulo da  Espanha. Você vai entender.

Era a primeira vez que eu viajava em uma excursão. Em todas as minhas  viagens anteriores de férias, eu fui por conta própria, desenhei meu próprio roteiro e tinha toda a liberdade de não estar preso a nenhum cumprimento de horário ou grupo.

Mas para o Egito era diferente. Eu iria para  um país mulçumano e de idioma nada familiar para mim.

Nesta viagem, Fátima, prima da Vanessa, foi  comigo. Ela também é apaixonada pela história do Egito. Para você ter ideia da minha paixão por esta  civilização, eu tenho o Tutankhamon e uma pirâmide egípcia tatuados nas costas.

Nossa ida para o Egito  tinha uma conexão em Madrid – Espanha. Organizei toda a viagem, de maneira que a conexão fosse de dois  dias, sem ter nenhum acréscimo no preço da passagem aérea por isso.

Chegamos em Madrid no dia 30 de  abril de 2007. Deixamos as malas no hotel e fomos dar uma volta pela cidade. E eu ainda tinha que comprar  pilhas para minha máquina fotográfica. Assim que chegamos no hotel, eu fui colocar as pilhas para carregar e descobri, depois de um estalo, que meu carregador não era bivolt.  Resultado: queimei o carregador logo na chegada.

Infelizmente, eu não vou poder colocar todas as fotos dessa viagem nesse livro, mas bem que eu queria, porque cada uma tem um detalhe especial, cada foto  conta um pouco da história do nosso mundo.

Fomos até a Plaza de Espanha. Um lugar muito arborizado,  com fontes e monumentos. Nesta foto, eu e Fafá estamos no monumento ao Don Quixote, na Plaza de  Espanha.



Continuamos o passeio. Passamos pelo famoso Cine Callao, pela Granvia e chegamos no convento em  homenagem às “descalzas reales”, onde viveu a imperatriz Maria de Áustria e Juana de Áustria.

Continuamos o passeio até a Plaza Mayor, um dos maiores pontos turísticos de Madrid com bares e lojas  tradicionais.



Fomos até a Catedral de San Isidro e a Catedral Nuestra Sra. de la Almudena. Neste momento, não  entramos em nenhuma das duas, mas no dia seguinte voltamos à Almudena que possui um dos maiores  órgãos que eu já vi. Seguimos caminhando até o Palácio Real. Resolvemos não entrar no palácio porque a  fila era inacreditável e tínhamos pouco tempo na Espanha. Mas, por fora, já dá para ter uma ideia do que  encontraríamos por dentro. Foi uma pena porque o acervo do Palácio deve ser fascinante. Há mobiliários,  esculturas, a armaria real e até um Stradivarius.




 Ao lado do Palácio Real encontra-se a Plaza de Oriente onde está o Teatro Real. Do outro lado do Palácio  há o “Jardins de Sabatini” com fontes, monumentos e um jardim impecável. É incrível estar no meio da  “história viva”, relembrando tudo o que estudamos na escola sobre os reinados europeus. Na foto abaixo,  Ramiro 1º – Rei de Aragon.



Seguimos até o Templo de Debod. Este foi doado pelo governo egípcio à Espanha pelo agradecimento na  ajuda aos salvamentos do templo de Abu Simbel, no Egito. É o único destas características na Espanha.



Já tínhamos caminhado muito depois de uma noite inteira dentro do avião. Voltamos para o hotel, jantamos  e fomos dormir pois o dia seguinte seria de muitas outras andanças.

Acordamos cedo neste dia 1º de maio  de 2007, e saímos para tomar café. Depois andamos até a Plaza de Toro. De onde estávamos até lá é uma  boa caminhada. Por fora é um lugar lindo e então decidimos comprar um bilhete para assistir uma tourada.  Sabíamos que na Espanha as touradas levam o touro até a morte, mas eu realmente não imaginei que eu  fosse ficar tão triste com toda aquela cena.



Fiquei chocada como os espanhóis podiam torcer tanto, com tanta vibração, a cada fincada que o toureiro  dava no touro. Na metade da primeira tourada, eu e a Fafá éramos as únicas que estávamos torcendo para  que o touro enfiasse o chifre no meio do toureiro. Ver o sangue daquele animal escorrendo pelo seu couro  até a queda final foi algo que me deixou profundamente triste. Eram ao todo seis touradas. Pagamos por um  dos bilhetes mais caros para podermos ficar o mais próximo possível da arena. Quando acabou a primeira  tourada, fomos embora, com lágrima nos olhos de tamanha crueldade. Seria bonito de ver se não houvesse  a morte do animal, se fosse somente um espetáculo do homem dominando o touro, mas infelizmente não é  assim.




Saímos arrasadas. Fomos para o Parque del Buen Retiro onde pudemos alugar um barquinho e ficamos  remando até cansar. Depois voltamos para o hotel. Saímos para jantar, mas voltamos cedo porque no dia  seguinte partiríamos bem cedo para o Egito.

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